Pedagogia histórico crítica e psicologia histórico cultural para uma inclusão responsável: para além do neoliberalismo

Autores

  • Josiane Souza Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Câmpus Jataí Autor
  • Profa. Dra. Rita Rodrigues de Souza Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Câmpus Jataí Autor

Palavras-chave:

Declaração de Salamanca ideário inclusivista de pessoas com defieciência, Neoliberalismo, Pedagogia Histórico Crítica, Psicologia Histórico Cultural

Resumo

O presente artigo empreende uma leitura crítica acerca do ideário inclusivista em educação proposto de forma legítima e necessária por documentos internacionais como a declaração de Salamanca, a fim de compreender seus delineamentos político-ideológicos em uma base material capitalista. A declaração de Salamanca foi criada no bojo das reformas neoliberais, empreendidas na década de 90, tais reformas são apontadas como uma ideologia que vê a exclusão social e educacional como aspectos naturais, desse modo, a inclusão educacional de portadores de deficiência apresenta limites estruturais no modo-de-produção capitalista que tornam o ideário inclusivista uma utopia irrealizável em países da periferia do capitalismo como o Brasil, configurando-se em uma contradição, pois o Brasil é  signatário da declaração de Salamanca e ao mesmo tempo assumiu compromisso com as reformas do Estado propostas pelo Consenso de Washington e formalizadas por meio da emenda constitucional 95, aprovada em 2016. Esta emenda exige o controle de gastos públicos com educação, saúde, assistência social, entre outros. Assim precisamos colocar os pingos nos is sobre os processos de inclusão do portador de deficiência em meio a tais reformas. Diante do exposto, apresentaremos a proposta da Pedagogia Histórico Crítica como práxis pedagógica e a Psicologia Histórico Cultural, no sentido da compreensão e superação do modelo de sociedade capitalista vigente e uma vez superada a sociedade de classes e as desigualdades por elas produzidas poderemos vislumbrar uma educação inclusiva que percebe a educação como umas das práticas humanas mais louváveis e esta deve estar a serviço de toda a humanidade.

Biografia do Autor

  • Profa. Dra. Rita Rodrigues de Souza, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Câmpus Jataí

    Doutora em Estudos Linguísticos na área de concentração Linguística Aplicada pelo Programa de Estudos Linguísticos da Universidade Estadual Paulista (Unesp)- Câmpus São José do Rio Preto (2015). Possuo graduação em Letras, Licenciatura Português/ Espanhol pela Universidade Federal de Goiás (2001) e mestrado em Letras e Linguística nessa mesma universidade em 2004, especialização em Educação a Distância pelo SENAC/DF (2008) e em Psicopedagogia Institucional pela Universidade Gama Filho (2011). Também, tecnóloga em Processos Gerenciais pela Universidade Cruzeiro do Sul (2021). Atualmente, sou professora efetiva no Instituto Federal de Educação de Goiás - IFG/Câmpus de Jataí. Atuo, em sala de aula, no ensino e aprendizagem de língua espanhola, políticas públicas educacionais e fundamentos teóricos e práticos da formação de professores. A partir de 2022, integro o corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciências e Matemática do Instituto Federal de Goiás Câmpus Jataí. Realizo tradução português/espanhol e espanhol/português. Sou membro do Núcleo de Pesquisa Informática na Educação (NINE) do Instituto Federal de Goiás, Câmpus Jataí. Pesquiso o uso de tecnologias (digitais) na Educação, metodologias de pesquisa para/na Educação Profissional Tecnológica, políticas educacionais sobre inclusão. 

Publicado

2025-04-11