Educação e decolonialidade: um caminho de (des)construção para visibilizar outras experiências de pessoas com deficiência
Palavras-chave:
Decolonialidade, Pessoas com deficiência, Direitos, VisibilidadeResumo
Este artigo tem como objetivo refletir acerca da educação inclusiva de pessoas com deficiências no contexto do pensamento colonial e seus ecos na forma como essa população foi e continua sendo subjugada e invisibilizada pelas estruturas dominantes da sociedade, fator que vem sendo questionado pelo pensamento decolonial, o qual apresenta outras formas de ver e conceber a vida das pessoas com deficiência e seus percursos socioeducativos. A temática discutida está alinhada com nossos estudos investigativos em nível de doutorado, uma vez que os sujeitos das pesquisas em andamento são pessoas autistas, as quais, de acordo com a legislação nacional, também são consideradas pessoas com deficiência. Este estudo se situa no âmbito da abordagem qualitativa, com base na pesquisa bibliográfica (SOUZA, OLIVEIRA e ALVES, 2021) e, para o desenvolvimento metodológico, foram estudadas produções científicas circulantes na contemporaneidade, que são discutidas em interlocução com a literatura relativa ao tema. Os resultados indicam que o pensamento decolonial pode contribuir para o entendimento das formas de opressão vivenciadas pelas pessoas com deficiência, que pertencem a um grupo político, social e educacional historicamente marginalizado. Este grupo, atualmente, luta por uma educação decolonial e anticapacitista, desafiando as estruturas de poder e preconceitos que perpetuam a exclusão e desvalorização desses indivíduos.